Saturday, September 23, 2006


"Vivemos, agimos e reagimos em conjunto mas sempre e em todas as circunstâncias estamos sós. Os mártires entram na arena de mãos dadas mas são crucificados sozinhos. Abraçados, em vão os amantes tentam desperadamente fundir os seus êxtases isolados num único transcender do eu. Pela sua propria natureza, todo o espírito que assume forma copórea está condenado a sofrer e a desfruir na solidão. As sensações, sentimentos, percepções e fantasias são todos privados e, excepto por via dos símbolos e indirectamente, incomunicáveis. Podemos partilhar informação sobre experiências, mas nunca as próprias experiências. Da família à nação, todo o grupo humano é uma sociedade de universos insulares.A maior parte dos universos insulares são suficientemente semelhantes entre si para permitirem uma compreensão por inferência ou mesmo uma empatia ou um "sentimento" mútuos. Assim, ao recordarmos os nossos próprios infortúnios e humilhações, podemos contristar-nos com outras pessoas em circuntâncias análogas, podemos colocar-nos (sempre num sentido algo figurado, evidentemente) no seu lugar. Mas em certos casos a comunicação entre universos é incompleta ou mesmo inexistente. A mente é o seu lugar, e os lugares habitados por insanos e pelos excepcionalmente dotados são tão diferentes dos lugares habitados pelos homens e mulheres vulgares que um terreno comum da memória que possa servir de base para a compreensão ou sentimento mútuos é assaz limitado ou inexistente. As palavras ditas não são esclarecedoreas. As coisas e os acontecimentos a que os símbolos se referem pertencem a domínios da experiência que se excluem mutuamente."

Aldous Huxley in The Doors of Perception

Tuesday, September 12, 2006

Not dead just gone before.

Big Fish



An adventure as big as life itself.

Monday, September 11, 2006

Shine on you.